No último domingo, 8, a equipe “Atombot”, do SESI de São João del-Rei, concluiu mais uma etapa na temporada 2019/2020 do Torneio de Robótica FIRST LEGO League (FLL), em São Paulo. Os alunos conquistaram o terceiro lugar no Prêmio Trabalho em Equipe, após se classificarem em primeiro lugar na Champions Award e no ranking geral da etapa regional da competição, realizada entre os dias 15 e 16 de fevereiro, em Contagem. Com o resultado, agora a equipe se prepara para representar o país no SESI FIRST LEGO League International Open Brazil, entre os dias 26 e 28 de junho, no Rio de Janeiro.

Durante o Torneio de Robótica (FLL) os alunos tiveram como principal desafio pensar em soluções capazes de ajudar a construir cidades cada vez melhores para as futuras gerações. Dessa forma, os integrantes da “Atombot” desenvolveram durante 2019 e 2020, com a ajuda de especialistas e deficientes auditivos, o projeto batizado como “Includeaf”, uma descrição audiovisual inspirada nos filmes do cinema mudo e de Charles Chaplin.

O objetivo é disponibilizar os vídeos de animação nos museus e monumentos históricos da cidade, para garantir às pessoas surdas, cegas e analfabetas o acesso democrático à informação, que poderá ser acessada com as câmeras dos celulares a partir de um QR Code. Inicialmente o nome do projeto era “Deaf Code”, mas “todo mundo estava pensando que era um aplicativo, remetendo muito há um aplicativo de código de barra, e esse não é o nosso projeto”, salienta o Técnico da equipe, Paulo de Tharso.

Durante a fase de preparação entre a etapa regional e nacional, a “Atombot” teve apenas duas semanas e meia para fazer as alterações necessárias tanto no projeto de inovação quanto no design do robô. “A gente treinava, em média, sete horas por dia, então os alunos saiam da aula e iam direto para a robótica. Treinamos durante todo o Carnaval. O nosso Carnaval foi dentro do SESI, nos preparando”, relembra Paulo.

O esforço foi recompensado com o 22º lugar na classificação geral nacional, garantindo a chance de representar o Brasil no SESI FIRST LEGO League International Open Brazil, entre 100 equipes do mundo inteiro. Para a competição, Paulo esclarece que as apresentações e documentações da equipe, inclusive o diálogo com os juízes, terão que ser traduzidas para o inglês. A respeito do futuro do projeto fora das competições, o técnico revela já haver um protótipo que estará disponível no Memorial Tancredo Neves assim que o espaço reabrir, ainda no final de março ou início de abril.

Ao longo da competição, os alunos tiveram a oportunidade de aprender sobre respeito, ganho mútuo e competição amigável, além de muita ciência. “Se todas as escolas tivessem a oportunidade de ter a robótica no seu âmbito educacional seria um ganho muito bom”, lamenta Paulo. Com foco no final da temporada 2019/2020, a “Atombot” tem a oportunidade de, outra vez mais, trazer um prêmio para São João del-Rei no dia 28 de julho, no Rio de Janeiro.