A IGREJA É NOSSA MÃE
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A IGREJA É NOSSA MÃE
Por Padre Dirceu de Oliveira Medeiros
Subsecretário Adjunto Geral da CNBB
“Há quase quatro meses estou residindo e trabalhando em Brasília, atuando na sede Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ”
Somos de uma região muito católica. A fé católica tem aqui raízes profundas e está arraigada no espírito de nossa gente. Este fato me motivou a escrever este pequeno artigo.
Há quase quatro meses estou residindo e trabalhando em Brasília, atuando na sede Conferência Nacional dos Bispos do Brasil como subsecretário adjunto geral. Sendo assim, tenho o privilégio de ver a riqueza da Igreja no Brasil. Ao mesmo tempo trago comigo as riquezas de minha região, tesouro precioso e acolho as riquezas deste grande mosaico que compõem a Igreja no Brasil, neste país continente. Eis o desafio: abrir-se ao novo sem perder a identidade.
Desejo partilhar um pouco da minha breve experiência! É do conhecimento de todos os ataques que a CNBB vem sofrendo no Brasil, sobretudo nas redes sociais. Desse modo me propus escrever esse pequeno texto, uma pequena e modesta colaboração para que os leitores vejam o outro lado.
O QUE É A CNBB?
Reza o estatuto da entidade que: “a CNBB é a instituição permanente que congrega os bispos do Brasil(…) dentre outros para dinamizar a missão evangelizadora da Igreja no Brasil”. Muitos, nos dias atuais, atacam a CNBB sem conhecimento de causa ou então se deixando levar por fake news, por falsas propagandas nas redes sociais. É lamentável!
Nestes tempos difíceis precisamos de maturidade e discernimento! A Bíblia já nos adverte: “o homem de bom senso sabe julgar os fatos da vida, mas a mente do tolo é cheia de ilusões e acaba enganando a si mesmo”! (Prov. 14, 8) Vale ainda lembrar o provérbio: a ignorância é a mãe de todos os males! A ignorância, inclusive, me leva a demonizar o outro. O primeiro passo é procurar conhecer! Aqui me proponho a tentar revelar outra face desta entidade que, em breve, completará 67 anos de existência.
A CNBB tem uma longa tradição no Brasil, de estar a serviço do Evangelho, na defesa dos pobres e sofredores. É uma instituição composta de 18 regionais, possui uma estrutura grande que está à serviço da evangelização.
Três sinais me chamaram a atenção nesse breve tempo. Chamou-me a atenção, por primeiro, a simplicidade dos bispos, nesse período, pude conviver com muitos. Homens de fé, de oração com um grande senso de humanidade e simplicidade.
Em segundo lugar, os belos projetos missionários mantidos pela CNBB, tais como projetos de ajuda missionária ao Timor Leste. Quantos testemunhos fortes de pessoas que passaram boa parte da vida levando o Evangelho a regiões distantes.
Em terceiro lugar o Fundo Nacional da Solidariedade que apoia projetos de promoção humana e assistência. Quantas experiências ricas, comunidades e grupos que com pouco recurso advindo do FNS conseguem favorecer e levar dignidade a tantas pessoas.
O clima atual de polarização não favorece o diálogo e a abertura ao outro. Ao iniciar o diálogo não comece pelos pontos divergentes, mas sim por aquilo que é consenso, afinal professamos a mesma fé católica. A Escritura nos ensina esse caminho quando Paulo critica os cristãos que renunciam ao diálogo e preferem o litígio recorrendo aos tribunais dos pagãos. (Cf. 1 Cor. 6, 6)
Por fim, faço um apelo: não se deixe levar por um criticismo ácido que corrói tudo nos dias atuais. Procure conhecer e ver o outro lado. Ainda que você tenha ponderações acerca de alguns aspectos de nossa Igreja, seja honesto e reconheça os muitos sinais do Reino de Deus presentes na vida da Igreja. Lembre-se, apesar das rugas existentes no rosto de sua mãe, ela continua sendo sua e nossa mãe: a Igreja de Cristo que é Santa e Pecadora.
Gazeta de São João del-Rei
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