O SENTIDO DA VIDA
Redação
on
abril 30, 2022
SÉCULO XXI, DEZENOVE ANOS SE PASSARAM
04/01/2020
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA INFÂNCIA
18/01/2020
O SENTIDO DA VIDA
Por Rogério Medeiros Garcia de Lima
São-joanense. Desembargador do TJMG
Ao findar o ano de 2019, na manhã de 28 de dezembro, um sábado, em São João del-Rei, assisti à missa em celebração dos sessenta anos do casamento dos amigos Sr. José e D. Maria.
O ato religioso, no Santuário do Senhor Bom Jesus de Matozinhos, foi concelebrado pelos padres Geraldo e Jorge. Família e amigos ouvimos encantados as duas leituras bíblicas. A primeira, exaltando o amor e o cuidado entre pais e filhos; a segunda, enaltecendo as virtudes cristãs, notadamente fé e a caridade.
No almoço que se seguiu, tive a ventura de compartilhar a mesa com os celebrantes. Padre Geraldo me descreveu a bela viagem que fez recentemente à Grécia, percorrendo as trilhas da peregrinação de São Paulo.
Eu me declarei um ardoroso admirador deste grande divulgador da fé cristã. Quando estive em Atenas, comprei uma edição em espanhol de sua biografia, na ótica da religião cristã ortodoxa grega. Os brasileiros o homenageamos com a denominação de um estado e da maior e mais rica cidade do país: São Paulo, onde vivem paulistas e paulistanos.
O judeu Paulo de Tarso era cidadão romano. Perseguiu os primeiros cristãos. Até que, a caminho de Damasco, deparou-se com uma luz resplandecente vinda do céu. Caiu ao solo e ouviu uma voz que lhe dizia:
– Saulo, Saulo, por que me persegues?
– Quem és, Senhor?
– Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro te é recalcitrar contra o aguilhão.
– Senhor, que queres que eu faça?
– Levanta-te, entra na cidade, aí te será dito o que deves fazer.
A partir daí, Paulo peregrinou pelo mundo a pregar a conversão dos gentios.
Das mais belas passagens bíblicas é um trecho de sua carta aos coríntios:
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
“E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
“E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
“Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
“Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
“Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
“O amor nunca falha”.
Ao prefaciar a tradução brasileira do livro “O pequeno príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, Dom Marcos Barbosa escrevia que precisamos aprender a perder tempo com as rosas.
Lições que vêm do casal Zezinho e Maria, dos celebrantes, da família e dos amigos: viver é simples assim.
Gosto da simplicidade.
As coisas simples ainda vão salvar o Brasil.
Feliz 2020 para todos nós.
Gazeta de São João del-Rei
Artigos Relacionados
MINHA LIXEIRA DE PLÁSTICO
Leia mais
MEU AVÔ, A PÁSCOA, NOVOS TEMPOS
Leia mais
COVID-19 E TELETRABALHO: COMO FUNCIONA O “HOME OFFICE”?
Leia mais
- Category: Pelas Esquinas