O ano de 2019 foi considerado um período de recessão para muitos trabalhadores, mas a previsão, segundo o professor e economista Aluísio Barros, é de que 2020 os dados sejam melhores para a população.

O professor lembra que a população ainda sofre com a recessão registrada entre 2015 e 2016. “O crescimento econômico desde 2017 até hoje tem sido muito lento em torno de 1% ao ano. Na revisão do IBGE, a economia brasileira cresceu 1,3% em 2018, e para o ano passado o percentual foi de 0,9%. No início de 2020, a expectativa é de 1,59% de expansão do Produto Interno Bruto (PIB)”.

Ainda de acordo com o economista o Banco Central aponta três fatores para explicar o menor desempenho. Primeiro é a redução do crescimento da economia mundial, além da retração na Argentina e da tragédia de Brumadinho com impacto na mineração nacional e mineira.

Mas Barros acredita que as perspectivas para 2020 são bem melhores, já que a projeção do crescimento econômico elaborada por instituições sérias gira em torno de 2 a 2,5%. “Neste contexto, a economia de São João vem acompanhando a evolução da economia nacional. Não há dados mensais ou trimestrais sobre a produção municipal (PIB municipal). O único indicador mais abrangente é o emprego formal, ou seja, o emprego com registro na carteira profissional. De janeiro a outubro de 2019, foram gerados 339 empregos. Isto é 169% a mais do que em igual período do ano anterior, quando foram criados 126 postos de trabalho”, explica.

Professor Aluízio destaca ainda que apesar do crescimento muitos setores ainda estão negativos em relação a 2018. De acordo com o levantamento dele, os setores que mais expandiram o emprego foram a área de ensino, 99; seguido pela construção civil, 81; e serviços médicos, odontológicos e veterinários, 52. “A indústria de transformação continua mais demitindo do que contratando. Um saldo negativo de nove. O setor mais importante de nossa indústria é o metalúrgico, responsável por 782 empregos formais. Até outubro de 2019 gerou apenas dois novos postos de trabalho. O emprego neste setor depende fortemente da economia mundial e da indústria brasileira. Ambas estão mais lentas ou retraídas”, justifica.

O economista ainda fez um levantamento no Ministério da Economia, por meio de preenchimento da RAIS, quanto aos empregos formais em 2014 com o de 2018 para 25 setores em São João. “Apenas sete dos 25 setores apresentaram aumento de emprego. Seis do setor de Serviços e um do setor industrial na área de alimentos e bebidas. O total do emprego passou de 19.948 em 2014 para 20333 em 2018. Um aumento de apenas 1,9% em 4 anos. O comércio varejista ainda é o maior empregador da cidade”, destaca. Professor Aluísio finaliza afirmando que o aumento do emprego formal em São João de janeiro até outubro de 2019 foi de 339. Este número é o saldo de 5274 contratações e 4935 demissões”, finaliza.