Por José Antônio Ávila

Sugestão para tentar salvar dos VÂNDALOS o Monumento aos PRACINHAS:

Eu e o professor Oyama de Alencar Ramalho, pessoalmente e verbalmente, já tivemos a oportunidade de manifestar para os três últimos comandantes do 11º Batalhão de infantaria de Montanha (11º BI Mth) a nossa preocupação com o estado de abandono e a constante vandalização do importante memorial da Força Expedicionária Brasileira inaugurado em 22.05.1969, com a presença do então Presidente da República Marechal Artur da Costa e Silva. Sabemos que a propriedade, a proteção e a conservação do monumento é de responsabilidade da Prefeitura Municipal de São João del-Rei, mas notamos que há dificuldades para que o Município cuide e proteja o monumento como deveria ser feito. Infelizmente, por outro lado, sabemos que não há mais condições operacionais e humanas para que o Exército mantenha no local uma guarda militar para proteção do local, como já aconteceu antes. O que vai aqui é mera sugestão nossa e pode ser que alguém tenha outra solução melhor para preservar o monumento. Quem se habilita?

O que poderia SER FEITO, então?

A nossa sugestão é para que se estude a possibilidade de o Município proceder a desafetação do monumento em favor do Exército, para que, mediante um projeto bem elaborado, ele pudesse ser desmontado, transferido e recomposto num espaço do Regimento Tiradentes, na Praça Duque de Caxias, onde há um terreno rampado com alguns altiplanos, entre o antigo imóvel que abrigou a Telemig e a sede do Cartório de Registro de Imóveis. Estando reinstalado naquele local, num daqueles altiplanos recuados, o monumento integraria o complexo do Regimento Tiradentes, com acesso também através da parte posterior (lado interno do quartel), com vigilância permanente, através de guarda em escala de 24 horas, como já acontece naquela área militar; não bastasse isto, o monumento estaria protegido por gradil, como se vê neste croqui que foi elaborado pelo escultor Osni Paiva. Acreditamos que os estudos técnicos de viabilidade da obra podem ser executados por algum Batalhão de Engenharia Militar; a parte operacional e mão de obra seria em parceria entre o Município e a Unidade Militar, e os custos da empreitada seriam absorvidos pelos erários Municipal e Federal, proporcionalmente.

Memorial da Força Expedicionária Brasileira inaugurado em 1969, em São João del-Rei – Foto: Divulgação

QUAIS AS VANTAGENS?

Além da vigilância, proteção e conservação, o monumento voltaria a ser utilizado nas solenidades militares rememorativas das batalhas enfrentadas pela FEB, tais como Monte Castelo, La Sierra, Castelnuovo, Colechio e Montese, além de outros eventos. Durante o dia, o gradil permaneceria aberto para visitação pública; à noite, se necessário, seria fechado com o monumento iluminado, pairando lá no alto. Durante solenidades militares, a tropa desfilaria no leito de uma das pistas da Praça Duque de Caxias (temporariamente interditada sem causar muito transtorno ao trânsito) sob as vistas de autoridades e convidados aboletados no monumento. Por fim, o espaço defronte a Igreja de São Gonçalo ficaria disponível para se implantar um jardim e/ou instalar outros equipamentos urbanos.

• Historiador