Os estudantes do ensino superior nos municípios Juiz de Fora, São João del Rei e Viçosa podem sofrer mudanças internas nas universidades UFJF, UFSJ e UFV, respectivamente. Isso porque, o governo federal anunciou o bloqueio de 14,5% da verba dos centros educacionais e institutos federais para despesas de custeio e investimento.
Em decorrência do acontecido, as universidades federais dessas cidades do Estado de Minas Gerais divulgaram notas de repúdio após a medida governamental.
O bloqueio, em vigência desde a última sexta-feira (27), influencia diretamente no orçamento de entidades filiadas ao Ministério da Educação.
Três delas é a Capes, responsável pela coordenação dos cursos de pós-graduação, a Ebserh, gerenciador de hospitais universitários e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FND), que ajuda estados e municípios na garantia da educação básica de qualidade.
Acima de tudo, o governo brasileiro aponta que o contingenciamento é preciso para alcançar o objetivo de cumprir o teto de gastos, regra limitadora do crescimento das despesas públicas.
Insatisfeitas com a solução, a Universidade Federal de Juiz de Fora e a Universidade Federal de Viçosa emitiram comunicados ao g1 por meio de uma nota divulgada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
“Inadmissível, incompreensível e injustificável o corte orçamentário de mais de R$ 1 bilhão que foi procedido ontem pelo governo (27/05/22) nos orçamentos das Universidades e Institutos Federais brasileiros”, cita um trecho da nota oficial.
“Após o orçamento deste ano de 2022 já ter sido aprovado em valores muito aquém do que era necessário, inclusive abaixo dos valores orçamentários de 2020; após tudo isso, o governo federal ainda impinge um corte de mais de 14,5% sobre nossos orçamentos”, afirma um segundo trecho.