Budweiser e Puma se juntam em projeto de NFTs esportivos

Com a chegada das empresas da web3 no ramo de patrocínio dos esportes, não demorou muito para as outras marcas já consolidadas no mercado tomar uma atitude quanto a isso. Visando bater de frente, tais marcas entraram no jogo e se adaptaram, trazendo também seus movimentos em ativos digitais. E foi o caso da cervejaria Budweiser e da empresa de materiais esportivos, Puma, ambas já historicamente inseridas nos mais diversos esportes e que agora assumem projetos de NFT.

O projeto da Budweiser além de envolver a lenda do basquete e do Miami Heat, Dwayne Wayde, visa expor a sua nova linha de cervejas sem álcool, a Budweiser Zero.

Os NFTs entram em cena quando uma coleção de latas de cervejas em formato de ativos digitais, serão vendidas de forma ilimitada com assinatura do astro Dwayne Wayde.

As NFTs terão um preço único fixado em 180 dólares, cerca de 800 reais com a cotação atual. No entanto, existe a famosa taxação sobre o produto, e que gerou um pouco de polêmica entre os fãs da marca e de Wade.

59 dólares será o preço da taxa sobre o token não fungivel que além da função de raridade, escassez e ativo, também dará uma experiência com o jogador de basquete na vida real.

Esse não é o primeiro projeto da Budweiser no universo de NFTs, isso porque, anteriormente a empresa já tinha lançado seus próprios tokens baseados na própria marca. Por sua vez, Dwayne Wayde também já se viu envolvido com um projeto da web3, quando firmou parceria com a gigante Dapper Labs para lançar sua coleção de tributo.

PUMA abraça história do City em projeto de NFTs

O projeto de NFTs da PUMA e do Manchester City, diferente da Budweiser com Wade, é mais exclusivo. A empresa ao lado do Manchester City, da Premier League, lançaram uma série de 120 NFTs em celebração aos 10 anos do título histórico da liga, que contou com uma atuação heróica do maior ídolo do clube, o argentino Sérgio Aguero.

Serão 120 pares de chuteiras semelhantes às que Aguero usou no jogo contra o Queens Park Rangers, que decretou o título inglês na última rodada. Todas assinadas pelo ex-jogador.

Além da campanha de tokens não fungiveis, a marca e o clube lançaram modelos de camisa comemorativas com o número dos minutos que ocorreu o gol heróico de Aguero.

Assim como Dwayne Wayde e a Budweiser, Puma e o Manchester City também já estão familiarizados com o ambiente de investimento em NFTs e Criptomoedas.

Enquanto a Puma assim como a Bud montou um projeto baseado na própria marca, o City já vem para seu 3° acordo envolvendo esse tipo de projeto.

Anteriormente firmou acordo com a Exchange Socios.com, responsável pela criação de Fan Tokens para os maiores times do mundo. E mais recentemente lançou um acordo com a BTX, para a criação de criptomoedas do time e um patrocínio onde estampa as camisas de treino do City para a temporada 22/23.

Apesar de já demonstrar força no mercado de esporte, a perspectiva é de desafios sobre aqueles que tentam expandir o universo NFTs para esse meio que já tem seus negócios consolidados.

Organizações e empresas da web3 terão de enfrentar problemas, como é o caso do próprio City, que apesar de ativo nesses ativos digitais, por pouco não sofreu represálias de um movimento montado pela Associação de Futebol Inglesa, que ia contra o patrocínio de empresas de criptoativos na Premier League.

O momento passou e a Premier League inclusive está próxima de um acordo para licenciar a liga para NFTs. No entanto, fica a experiência de que ainda existe muito a ser feito na introdução de ambos os mercados.

Autógrafos de atletas famosos se tornam NFT

As NFTs, ou, tokens não fungiveis, são criptoativos únicos e exclusivos que podem ser expressados a partir de diversos tipos de imagens, objetos, animais e até autógrafos. E é justamente o mercado de autógrafos ao lado de artes, que vem rendendo a maior rentabilidade desse segmento da web3.

Os autógrafos em cards que antes eram considerados antigos artigos de colecionador, hoje é a modernidade das NFTs. De lances históricos e imagens de jogadores, até bolas e uniformes dos mais variados times e esportes.

O pioneiro no assunto foi o projeto NBA TopShot, que até hoje é uma das principais coleções de NFTs envolvendo esportes.

O verdadeiro acervo com milhares de peças reúne lances autografados do basquete da maior liga do esporte do mundo, a NBA.

Os cards animados são negociados entre os compradores na plataforma da OpenSea, maior plataforma de compra e venda de tokens não fungiveis do mundo. O negócio é feito por meio da cripto ETH (Ether), a segunda principal criptomoeda atrás apenas do Bitcoin.

NFTs de autógrafos geram milhões

Assim como as NFTs no geral, os tokens baseados em autógrafos exclusivos geram milhões de reais em negócios.

Seguindo com o exemplo do NBA Top Shot, apesar de conter peças custando na casa dos 10 e 15 dólares, ou, 70 reais, as mais raras, tidas no site como ‘legendárias’. podem custar milhões de dólares.

O mercado do NBA Top Shot levantou só em 2021 quase 10 bilhões de dólares em financiamentos.

O considerado também ‘Fantasy Game’ perdeu fôlego nos últimos meses, com o problema global da desvalorização dos criptoativos, no entanto, ainda é um dos segmentos mais fortes no mercado.

Autógrafos de atletas históricos também são vendidos por grandes preços. Como é o caso da minha de autógrafos da lenda do hóquei Wayne Gretzky, que gerou desde o início do ano 2,5 milhões de dólares em vendas.

O futebol, claro, não escapa desse mercado. O game play-to-earn, Sorare, onde é colocado em jogo cards de diversos jogadores do mundo do futebol, com seus devidos autógrafos, gera também milhares de euros por ano, já que a plataforma tem origem no velho continente.

Cards de jogadores do Brasileirão estão incluídas no game inclusive, tendo como destaque por exemplo um card do centroavante Hulk, do Atlético Mineiro, que foi negociado pela bagatela de 2.2 mil euros, ou seja, 14 mil reais pela cotação atual.

No Sorare os jogadores compram os cards e montam sua própria equipes dos sonhos, negociando também com outros atletas, sendo esse o movimento que gera a renda entre os players.

A plataforma do criptogame é uma das mais movimentadas do gênero, que lucra anualmente desde 2019, o ano de sua criação, bilhões de euros.

O Sorare assim como o NBA Top Shot sofreu com a queda das criptos, no entanto também se mantém como um dos principais no segmento, podendo ser comprado da mesma forma que o parceiro de esporte, com ETH (Ethereum).

Ambos os games usados de exemplos tem o apoio dos times e jogadores que aparecem nos cards. As equipes esportivas principalmente do futebol e basquete, dois dos esportes mais populares do mundo, entenderam que o futuro da economia serão os criptoativos e já começam a se enquadrar nesse meio.