Governo de MG recebe cobrança de R$ 653 por Procuradoria para pagamento de FGTS de professores

A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), em Belo Horizonte, adentrou na Justiça com duas ações contra o Governo de Minas Gerais. Ambas solicitam a quitação de R$ 653 milhões para custear o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) de 100 mil trabalhadores da Educação.

Essa cobrança é a maior ação de cobrança deste benefício ajuizada no estado mineiro pela PGFN e a segunda maior do país, inferior apenas ao valor da massa falida da Varig, equivalente a R$ 668 milhões. Dessa maneira, grande parte dos servidores foram professores efetivados em 2007.

Na ocasião, a gestão era comandada pelo ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG), e não contou com a realização de concurso público, por meio da Lei Complementar número 100, aprovada pela Assembleia Legislativa. Em síntese, as ações de execuções fiscais ganharam propostas oficiais em maio de 2021 e estão tramitando na Justiça Federal na capital.

O Supremo Tribunal Federal, em 2014, declarou a legislação mineira inconstitucional e decretou a nulidade dos vínculos contratuais. Nesse sentido, o STF avaliou como uma ação direta de inconstitucionalidade da Procuradoria-Geral da República. Este órgão, por sua vez, questionou o artigo 7º da Lei número 100.

Por causa do detalhe que servidor público sequer recebe FGTS, não houve o recolhimento do benefício, mesmo os trabalhadores tendo sido afetados pela Lei 100 foram efetivados. No que compete a lei de 1.990, o direito ao recolhimento é concedido a todos os servidores que tiveram seus contratos declarados nulos com base em ofensa à regra do concurso público.
De acordo com a declaração do Governo de Minas, por meio da Advocacia-Geral do Estado (AGE), ao site r7, haverá um pronunciamento nos autos dos processos. Já a PFGN informou, por meio de nota, que os débitos estão sendo objeto de discussão judicial, o que é garantido ao Estado de Minas.

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