Senado cobra justificativa de presidente da ANS sobre aumento de 15,5% em planos de saúde
O recente aumento de 15,5% nos planos de saúde precisará ser justificado pelo diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde (ANS), Paulo Rebello, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. Por meio de requerimento oficial, aprovado nesta terça-feira (31), o órgão solicitou o chamado do gestor.
Ainda assim, o convite não está relacionado a uma convocação, logo Rebello sequer precisa comparecer por causa da falta de obrigatoriedade. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) que, pediu pelo comparecimento do diretor da ANS, avalia o aumento como o maior autorizado pela ANS há 22 anos.
“O governo precisa justificar os motivos de um aumento tão absurdo num período de crise como este que nosso país enfrenta”, apontou.
Antes de mais nada, a ampliação nos valores de planos de saúde recebeu aprovação pela ANS na última quinta-feira (26) e ultrapassa a inflação medida pelo Banco Central, de 12,13%. O novo valor é válido para o período de maio de 2022 a abril de 2023.
Aproximadamente 8 milhões de pessoas vão ser influenciadas, conforme a agência. Por outro lado, neste reajuste, os planos de empresas ou referentes a alguma associação ou sindicato não precisarão ser alterados.
Além disso, existe no Congresso Nacional projetos de decreto legislativo protocolados com o objetivo de pendurar a autorização do reajuste. Tal qual Randolfe no Senado, deputados de, no mínimo, oito partidos de várias tendências ideológicas apontaram propostas similares na Câmara na última sexta-feira (27).
Por fim, os projetos possuem como assinantes os deputados federais Célio Studart (PSD-CE), André Janones (Avante-MG), Sanderson (PL-RS), Soraya Manato (PTB-ES), Léo Moraes (Pode-RO), Eduardo da Fonte (PP-PE), Ivan Valente (PSOL-SP) e Rafael Motta (PSB-RN).